10 Curiosidades sobre a Terra que você não sabia
Por Anderson Batata
em 11 de julho de 2011
Todos os dias vemos novas pesquisas e novas
descobertas impressionantes, e com a evolução da tecnologia, fica cada
vez mais comum que essas curiosidades se revelem a meros mortais como
nós

. Então aqui vão 10 curiosidades sobre o nosso pequeno Planeta Terra.
1. A gravidade não é uniforme:
Ainda que os cientistas desconheçam o motivo, o verdadeiro é que a
força gravitacional varia à medida que nos deslocamos pelo planeta, de
maneira que nosso peso não é objetivamente o mesmo no Brasil e em
Portugal, por exemplo.Crê-se que as causas podem estar relacionadas às
profundas estruturas subterrâneas e ter alguma relação com a aparência
da Terra num passado longínquo. Atualmente, dois satélites gêmeos do
programa GRACE escrutam meticulosamente o planeta para elaborar um mapa
gravitacional mais detalhado.
2. A atmosfera foge:
Algumas moléculas situadas no limite da atmosfera terrestre
incrementam sua velocidade até o limite que lhes permite escapar da
força gravitacional do planeta. O resultado é uma lenta, mas constante
fuga do conteúdo de nossa atmosfera para o espaço exterior. Devido a seu
menor peso atômico, os átomos soltos de hidrogênio atingem sua
velocidade de escape com mais facilidade e sua saída para o espaço é a
mais freqüente. Felizmente para a vida em nosso planeta, o abundante
oxigênio preserva a maior parte do hidrogênio bloqueando-o em moléculas
de água e o campo magnético da Terra protege o planeta da fuga de íons.
3. A rotação não é constante:
A velocidade com que a Terra gira sobre seu próprio eixo não é
constante, senão que sofre pequenas alterações que fazem variar a
duração de nossos dias. Mediante a sincronização de diferentes
radiotelescópios desde diferentes latitudes, e graças aos modernos
sistemas de GPS, os cientistas conseguiram medir com precisão estas
pequenas variações na velocidade de rotação e constataram que a maior
delas se produz entre os meses de janeiro e fevereiro, quando os dias
são mais longos por uns poucos milésimos de segundo. Esta variação
deve-se à interação gravitacional da Terra e a Lua, mas também pela
forte atividade da atmosfera no hemisfério norte e a fenômenos
meteorológicos como “El Niño”. Por pôr um exemplo, alguns experientes
acham que a tsunami da Indonésia reduziu a duração do dia em 2,68
milionésimos de segundo.
4. Os cintos de Van Allen:
Ao redor da Terra existem zonas de alta radiação – uma interior e
outra exterior – denominadas cinturões de Van Allen (em honra ao seu
descobridor) e situadas a uma altura de 3.000 e 22.000 km sobre o
equador. Estes cinturões são formados por partículas de alta energia,
sobretudo prótons e elétrons, cuja origem esteja provavelmente nas
interações do vento solar e dos raios cósmicos com os átomos
constituintes da atmosfera. A potência da radiação é tal que os
cinturões são evitados pelas missões espaciais tripuladas, dado que
poderiam aumentar o risco de câncer dos astronautas e prejudicar
gravemente os dispositivos eletrônicos. Em 1962, os cinturões de Van
Allen foram alterados pelos testes nucleares dos EUA no espaço o que
provocou que vários satélites ficassem de imediato fora de serviço.
5. A Terra e a Lua distanciam-se:
Desde há vários milhões de anos que a Lua está se afastando da Terra a
um ritmo lento, mas constante. Os cientistas calculam que a taxa de
afastamento é de uns 3,8 centímetros ao ano, o que em longo prazo
chegará a levar a Lua até uma distância crítica. No entanto, os
astrônomos acham que dentro de 5 bilhões de anos, quando o Sol se
converterá numa gigante e vermelha atmosfera em expansão, provocará que o
processo se reverta. A Lua voltará a aproximar-se da Terra e acabará
por se desintegrar ao superar o denominado limite de Roche (18.470
quilômetros sobre nosso planeta) explodindo em mil pedaços e formando um
espetacular anel, como o de Saturno, ao redor da Terra.
6. Marés na atmosfera:
Ainda que o efeito seja quase inapreciável, uma variação de parcos
100 microbares, os cientistas comprovaram mediante detalhadas medições
estatísticas que a força da Lua não só desloca os mares e a terra senão
também a massa de ar que rodeia nosso planeta. Ainda que o movimento
seja tão pequeno que mal supõe 0,01 por cento da pressão normal na
superfície, o dado revela que o poder gravitacional da Lua é capaz de
mudar muita coisa.
7. Um estranho “bamboleio”:
O denominado “bamboleio de Chandler” é o único movimento da Terra
para o qual ainda não existe uma explicação convincente. Descoberto em
1891 pelo astrônomo Seth Carlo Chandler, trata-se de uma variação
irregular no eixo de rotação da Terra que provoca um deslocamento
circular entre 3 e 15 metros ao ano nos pólos terrestres. Sobre este
movimento foram lançadas todo tipo de teorias, inclusive que causa o
movimento das placas tectônicas, terremotos e erupções. Ou ainda que
detona fenômenos como “El Niño” ou o aquecimento global. Em julho do ano
2000, uma equipe de cientistas estadunidenses anunciou que a causa do
bamboleio estava nas flutuações de pressões no fundo do oceano. Segundo
esta teoria, este movimento no fundo dos mares mudaria a pressão
exercida sobre a superfície terrestre, e provocaria o estranho bamboleio
dos pólos. Suas teorias ficaram no ar após que entre janeiro e
fevereiro de 2006 laboratórios de todo mundo comprovassem que o
movimento tinha cessado por completo, numa anomalia que ainda não
souberam explicar.
8. A Terra é um grande circuito elétrico:
Perfeitamente localizados a ambos lados do equador, a Terra dispõe de
oito circuitos fechados de corrente elétrica que permitem a troca de
carga entre a atmosfera e a superfície através de fluxos verticais. Em
condições de bom tempo, os cientistas observaram um fluxo de carga
positivo que se move desde a atmosfera para a Terra por causa da carga
negativa de nosso planeta. Depois de anos de observação do comportamento
das tormentas e as variações na ionosfera, a hipótese preferida hoje
pelos cientistas é que este fluxo descendente de corrente positiva é
contrária aos elétrons que são tranferidos à Terra durante as tormentas.
Mesmo assim, ainda falta uma explicação plausível com relação a forma
em que as variações na ionosfera afetam à formação de tormentas.
9. Toneladas de material cósmico caem a cada ano da atmosfera:
Segundo dados do space.com, a quantidade de pó cósmico que cai a cada
ano na Terra supera as 30 mil toneladas. A maior parte deste material
procede do cinturão de asteróides situado entre Marte e Júpiter. Os
fragmentos provem dos constantes choques entre asteróides e são
arrastados para o interior do sistema solar. Uma boa quantidade deles
estão entrando permanentemente em nossa atmosfera.
10. Os pólos magnéticos da Terra mudam constantemente de lugar:
O campo magnético da Terra varia no curso de eras geológicas, é o que
se denomina variação secular. Durante os últimos cinco milhões de anos
efetuaram-se mais de vinte mudanças e a mais recente foi há 700 mil
anos. Outras inversões ocorreram há aproximadamente 870 e 950 mil anos.
Não se pode predizer quando ocorrerá a seguinte inversão porque a
seqüência não é regular. Certas medições recentes mostram uma redução de
5% na intensidade do campo magnético nos últimos 100 anos. Mantido este
ritmo, os campos voltaram a se inverter dentro de uns 2 mil anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário