Espraiamento
Espraiamento (urban
sprawl) é o termo usado para a expansão horizontal das cidades, ou
espalhamento, muito antes de atingir uma densidade demográfica ideal nas áreas
já consolidadas. É assim que nascem os bairros-dormitório, que surgem a uma
maior distância do centro do que o resto da cidade. Futuramente, esses bairros
podem até se tornar cidades-dormitório.
Nos anos 60 e
70, as periferias dos grandes centros urbanos brasileiros cresceram de forma
descontrolada, expandindo o tecido urbano. É lá que foram morar os mais pobres,
longe de seus empregos e muitas vezes em áreas de risco à ocupação. Isso gera
uma grande demanda por serviços, que ficam sem atendimento. Quando as áreas
centrais valorizam demais, o preço do metro quadrado fica caro para a população
mais pobre, que busca novos espaços.
Em cidades
grandes, é comum que pessoas que atingem um certo poder aquisitivo se mudem de
suas casas na cidade para bairro distantes, fora da malha urbana, em
condomínios onde antes era uma zona rural. Esses condomínios garantem sossego,
mas contribuem para o crescimento horizontal que pode ser danoso ao
equilíbrio da cidade, uma vez que gera grandes deslocamentos em áreas de poucos
serviços públicos e estimula a mobilidade individual.
Tanto a verticalização,
quanto o espraiamento de uma cidade podem ser vantajosos ou onerosos,
dependendo da origem do fenômeno, sua velocidade, seu controle e principalmente
sua contribuição para a dinâmica da cidade. A maneira como a cidade é
planejada, tanto urbanisticamente quanto em sua mobilidade, tem impacto direto
nesses dois fenômenos. Veja aqui outros termos arquitetônicos explicados em
nosso glossário.
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